quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Dá que falar...

O número de idosos que ocupam camas de hospital sem terem problemas clínicos não pára de aumentar.

O Hospital Amadora-Sintra, por exemplo, ocupa-se neste momento de 46 idosos que não têm para onde ir.

O padrão repete-se nos outros hospitais contactados pela Renascença, com a excepção do Santo António, no Porto.

É uma situação que se repete em todo o país e cada vez mais. Alguns são pura e simplesmente abandonados, outros ficam porque as famílias não têm condições para os receber em casa, nem para pagar um lar privado. Adélia Gomes, coordenadora do Serviço Social do Hospital Amadora-Sintra, descreve a situação no seu hospital: “Temos  à volta de 46 situações que reflectem de facto pedidos que estão remetidos à Segurança Social para colaboração. Dado que as famílias manifestam insuficiência económica para resolverem os casos - outros não têm sequer família -, esses idosos vão permanecendo em camas de hospital unicamente por motivos sociais".Adélia Gomes acrescenta ainda que o número de utentes não pára de aumentar e que, das mais de sete mil pessoas que solicitam ajuda, quase metade são idosos.

(...) No Porto, no Hospital de Santo António, vive-se hoje uma situação diferente, que nem os funcionários conseguem explicar. Filomena Baptista, directora dos serviços sociais do Hospital, explica que, actualmente, há apenas um único caso. "Em 2010, tivemos em situação de protelamento da alta, em simultâneo, 11 doentes, num período próximo das férias do pico do Verão."



Quais serão as razões para que os idosos sejam abandonados em hospitais?

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