Escolha do nome: "Idosos - A Geração do Amanhã"
Escolhemos este título apesar de à primeira vista não se enquadrar com o tema escolhido (Apoio Sociocultural ao Idoso). Porém, a nossa explicação é simples. Por norma, associa-se a geração do amanhã, ou seja, a próxima geração, às crianças de hoje. No entanto, na nossa opinião, a próxima geração não será composta pelas crianças de hoje e sim pelos idosos de todos os tempos. Isto porque, actualmente, assistimos a um número crescente da população idosa e a um número cada vez menor de crianças e jovens.
Este panorama da sociedade actual deve-se a várias razões que, por sinal, em termos de desenvolvimento, são positivas: a crescente entrada da mulher no mercado de trabalho, cada vez mais instruída e qualificada, o que se traduz numa menor disponibilidade para cuidar dos filhos; o aparecimento de métodos contraceptivos que tiveram origem com o desenvolvimento da investigação e da ciência; as melhorias das condições gerais de vida (melhores cuidados médicos, melhorias na alimentação e na higiene) em relação ao século passado; o aparecimento de métodos de combate às doenças.
Todos estes factores foram provocando uma diminuição do número de crianças e um aumento da esperança média de vida que passou de cerca de 40 anos, no século passado, para quase o dobro, actualmente.
Assim, estima-se que dentro de cinquenta anos, o peso da população com idade superior a 65 anos passe a representar um quarto da população mundial e o número de crianças e jovens diminua radicalmente, provocando uma estrutura populacional envelhecida.
Concluindo, o amanhã será dos idosos.
Escolha e explicação do logótipo:
O nosso logótipo é constituído por duas mãos que seguram um idoso e uma idosa. É composto ainda por mais quatro símbolos: um livro, um baralho de cartas, um CD e peças de um puzzle.
Todos estes objectos foram escolhidos de acordo com o tema por nós escolhido – Apoio Sociocultural ao Idoso.
As duas mãos têm como significado a ajuda que vamos prestar aos idosos, daí que estes apareçam por cima das mãos. Aparece um elemento do sexo masculino e outro do sexo feminino, já que iremos trabalhar num lar onde não existem distinções. Portanto, iremos trabalhar tanto com idosos como com idosas.
Apenas com esta justificação, o mais provável era associarem esta ajuda à adquirição de bens para serem doados ao lar, ou ao auxílio nas tarefas de alimentação e higiene.
No entanto, não é este apoio que iremos prestar. A nossa escolha incidiu no apoio sociocultural ao idoso, uma vez que cada vez mais o crescente número de idosos e o reduzido subsídio que recebem não lhes permite, a muitos deles, que tenham um final de vida digno. Muitos acabam na rua, fazendo desta a sua última residência; e para que estes não passem os seus últimos dias em sofrimento, nós comprometemo-nos a transmitir-lhes uma nova alegria, motivando-os para enfrentarem com mais força mais um dia da sua vida. Isto está projectado no sorriso que os dois idosos têm no rosto.
Com isto, pretendemos dizer que para que estas pessoas vivam dignamente, não é suficiente que tenham apenas alimentação, cuidados de higiene e um sítio onde ficar. É necessário também que tenham actividades que lhes preencham o dia e o espírito.
Portanto, os símbolos que se encontram nos cantos consistem na ajuda da codificação do apoio prestado.
O CD encontra-se associado às memórias que estes possuem e, nós, através de uma actividade de partilha de histórias, tentaremos fazer com que eles se lembrem daquilo que conseguirem para que possam acreditar que as memorias mais importantes não foram esquecidas e que se encontram guardadas com eles para o resto da vida.
Este CD está ligado também à vídeo reportagem e à produção fotográfica que pretenderemos fazer e posteriormente oferecer ao lar para que um pouco mais tarde possam recordar a nossa “estadia” no lar.
Por sua vez, o livro está associado aos conhecimentos que estes possuem e que podemos considerar que são conhecimentos “valiosos”, tanto que se afirma que antigamente os idosos eram uma fonte de consulta. Não existia Internet nem outros meios de comunicação onde se pudessem adquirir estes conhecimentos. Os idosos eram assim considerados as pessoas mais sábias devido às suas experiências de vida. Com eles pretendemos reter lições de vida.
O puzzle encontra-se relacionado com as várias fases da vida. Umas peças representam a infância, outras a adolescência, ainda outras a fase adulta, e por fim, outras representam a terceira idade. Só com todas estas peças é que um puzzle fica completo e permite mostrar uma imagem clara. Com isto pretendemos mostrar que ser idoso não deve ser um “fardo” para os outros e não deve ser encarado como um obstáculo ao desenvolvimento. É uma fase da vida tão importante como todas as outras, já que há prazeres que só se descobrem nesta idade.
Por fim, o baralho de cartas está associado ao convívio, já que não se pode jogar cartas sozinho. São precisos pelo menos dois elementos o que faz com que se abata a solidão, muito comum nestas idades. Assim, pretendemos mostrar-lhes que eles não são invisíveis e comprometemo-nos a despender de algumas horas do nosso tempo livre para estar com eles.
